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ESTE ESPAÇO É PARA VOCÊ, TDAH OU NÃO, INFORMAR-SE MAIS SOBRE ESTE TRANSTORNO E AUXILIAR A SI PRÓPRIA E ÁQUELES QUE ESTÃO A SUA VOLTA.



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

As semanas estão passando


Não sei ao certo a semana que estou. Pode ser que seja a quarta ou a quinta.

A disciplina de escrever está bastante difícil. Tem muita coisa para ler, pesquisas a fazer e trabalhos a serem redigidos e postados.

Noto que está complicado manter uma rotina. Vários insights estão chegando a todo momento. Um verdadeiro disparo de flashs. Para que vocês possam imaginar é como se fossem várias câmeras fotográficas sendo disparadas ao mesmo tempo, porém sem nenhuma foto registrada.

Uau! Vendo dessa maneira parece que é um carma ou um qualquer traço negativo. Nada disso! É demais, e, por ser demais é que assusta...

Com o auxílio da minha psicoterapeuta, consegui encontrar o que pode ser chamado de " A Rotina" e estou conseguindo fazer com que não sejam perdidas as datas. Óbvio que algumas pontas ficaram soltas, como  a fatídica experiência vivida por mim na semana passada, para ser mais exata no dia dez de setembro. 

Recebi neste dia a mensagem de uma tutora: "Seu trabalho (texto) é muito intenso e interessante e sua pesquisa instigante porém, nossa disciplina trata-se de....e, será que você não se enganou no envio da tarefa enviando-me a tarefa de outra matéria?".

Nossa! Que maneira delicada de se dizer: "Acoooorda! Você enfiou os pés pelas mãos e mandou tarefa para matéria errada!"

Num primeiro momento, chorei muito, pedi mil vezes mil perdões à tutora e a mim mesma e, por fim, resultou toda essa angústia em muitas gargalhadas. O primeiro pensamento fora: "Continuo errando mesmo tendo três graduações e duas pós-graduações, uma escola, uma família e pessoas que dependem de mim". O segundo pensamento fora: " Cala a boca! Olha tudo o que você fez e faz! Se liga garota!" O terceiro pensamento fora: "Acorda! Vamos recolher a porcaria e consertá-la!". O quarto fora: "Pronto! Tudo no seu lugar de novo, e de novo à luta!".

É por aí que segue. Enrolar-se sempre mas desistir, jamais!

Segui o conselho de uma psicopedagoga amiga que me orientou há anos atrás: "Envie sempre os trabalhos e leia tudo sobre os assuntos com, no mínimo, três semanas de antecipação, assim, se a coisa ficar complicada, você tem tempo para correr a trás".

Já funcionava perfeitamente, mas agora, é mais do que perfeito. Continuo me divertindo estudando e isso é o máximo!

Ah, se alguém souber quantas semanas ao certo estou nessa me falem...rs.

Bjks!


Bia Fernandes


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Pensando...



Frear ou liberar a atenção ou os pensamentos de um TDAH pode ser uma questão de segundos. Dominar a mente (cérebro) TDAH é uma tarefa árdua, contínua e contante.

Bia Fernandes

1ª Semana


Nesta semana a coisa ficou sem rumo.
Muita coisa para ler e pouco tempo para absorver e ainda, menor tempo hábil para enviar as tarefas.

São quatro as matérias deste bloco. A que mais achei interessante foi a de psicologia e a pior a  de metodologia da pesquisa científica. Para que aprender isso se já faz parte do currículo anterior? Enfim, coisas da burocracia de uma instituição.

Da primeira disciplina, foram quatro capítulos lidos a arrastos (lidos e relidos parágrafo por parágrafo - estava difícil de me concentrar e uma agulha que caísse há duzentos metros me tirava a atenção) durante uma única semana para postar uma tarefa no portfólio. 

OK. Consegui afinal, porém veio a resposta da tutora: " Maria Beatriz, o seu trabalho está correto porém - (ai eu gelei) - você precisa reenviá-lo na folha correta..." 
Perfeito! Onde está a folha correta? Depois de muito procurar no site da faculdade eu a encontrei. Gente, nada mais era do que uma espécie de folha de prova com o logotipo da instituição e um cabeçalho pré-moldado...rs. Me senti no primário....rs.....ops...no ensino fundamental.
Reenviei e tudo certo.

A-ha! Esta pegadinha da falta de atenção não me pegará mais ( estava tudo escrito no final do enunciado da tarefa)...rs.

As outras três disciplinas foram mais tranquilas pois era somente para ler um capítulo. Claro, era uma quantidade de folhas respeitável de cada uma delas. 

Respondendo a interatividade percebi que não sou somente eu, uma TDAH, que perde o foco. A maioria das pessoas que estavam no fórum viajavam e o assunto declinou de seu posto. Contudo, foi uma semana feliz de estudos, sem a "balinha".

Consegui isso graças a minha psicoterapeuta que  organizou a minha agenda. Tive que colocar despertadores para que eu conseguisse mudar de tarefa de tempo em tempo, tendo ou não conseguido completar o conteúdo proposto.

E, vamos lá, rumo à segunda semana!

Bjks!!!


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

COMPARTILHANDO O DESAFIO



Nesta semana que passou vivenciei a experiência de ir ao curso de pós-graduação, na primeira aula, na sala 31 da faculdade X sem a companhia da famigerada pilula.

Já, entrando na sala de aula, bati em duas carteiras...rs. Para disfarçar, dei um sonoro bom dia, com um sorriso de orelha a orelha estampado em meu rosto. Alguns colegas responderam.

Daí a algum tempo a professora adentrou a sala e começou o ritual de apresentação. Ouvi atenta o "Eu sou fulano de tal, graduado em tal, trabalho e tal" por várias vezes. A maioria dos ouvintes não olhou para o "fulano de tal" que estava derriçando a sua formação. Após uns cinco colegas, minha atenção começou a falhar, meus ouvidos a escutar o que acontecia no corredor, meu pé começou a ter vida própria até que chegou a minha vez de falar.

Hum, vou falar ou não?
Pronto! Falei! Assim que me identifiquei como TDAH a classe voltou-se toda para mim. Virge Santa! Conclusão: tive que explicar o que é e que não sou um ET de Varginha, só de São Paulo...rs. Logo, a professora arqueou as sobrancelhas e disse: "É bom você conversar com os coordenadores de curso".

E depois disso, continuei a minha sinfonia particular, não me perguntem o que tocava. Aqueles vídeos estavam me matando. "Ufa! Finalmente o intervalo!".

Perguntei à professora o que ela ministraria após o intervalo e ela respondeu que seriam mais dois vídeos expositivos sobre a instituição e as disciplinas. "Certo! Esta é a minha deixa!". Avisei a professora que eu estava no limite. Fui para o intervalo mas não voltei.

É certo que não fiz o correto, mas, assumi o meu limite. Contarei a vocês o decorrer desta nova experiência. Bjks!

RESOLVI COMEÇAR A PÓS



Precisava compartilhar com vocês.
Eu estava numa indecisão perversa se voltaria a estudar ou não. Digo que é perversa pois é realmente uma batalha truncada decidir sobre fazer algo que exija certa quantidade de concentração e ainda, um grande desafio não deixar o curso ou seja lá o que for iniciado e sem concluí-lo.

Quem é TDA ou TDAH sabe bem do que estou falando.

Decidi por aceitar esta contenta sem o apoio da Ritalina. Vamos ver o que acontece.

Bia Fernandes

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A compulsão


quinta-feira, 25 de julho de 2013

A compulsão


Como  somente algumas pessoas sabem, tenho o costume de assistir a filmes pela manhã, mas entendam pela manhã como seis horas, e também, de escrever nesse período, e hoje, em um canal de televisão  por assinatura vi o filme : Os delírios de moda de Becky Bloom, que trata da história de uma jovem que é compulsiva por compras de roupas, bolsas e sapatos e que no final da trama entende que somente adquire coisas tentando encontrar nelas a sua satisfação pessoal.

Quem leu o livro Contos e Encantos do Cotidiano deve se lembrar do conto " O DESPOJAR" que cita uma jovem que compra, compra, compra e compra e nem sabe o que tem dentro do armário.

Infelizmente esta é uma realidade e, a compulsão é uma doença silenciosa.
Segundo o dicionário informal, COMPULSÃO  é a tendência à repetição, impulso ou sensação de estar sendo levado, irresistivelmente, a executar alguma ação irracional. (<http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/compuls%C3%A3o/10350>).

Há várias categorias de compulsão: a alimentar, por limpeza, por compras, por atenção, a desafiadora, a  bipolar, a sexual dentre outras. Na verdade, o ser compulsivo se desenvolve pelo não conhecimento de si próprio e de suas necessidades. A compulsão também é conhecida como "MANIAS". 

Muitos desenvolvem o TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo quando essa compulsão vai para seu estado de doença.  Coloco uma parte de uma pesquisa feita há tempos atrás, quando fazia uma monografia sobre TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade,  e que todos tem acesso fácil sobre o assunto:

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.





transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou distúrbio obsessivo-compulsivo (DOC) é um transtorno de ansiedade caracterizado porpensamentos obsessivos e compulsivos no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou para a própria pessoa; normalmente trata-se de ideias exageradas e irracionais de saúde,higieneorganizaçãosimetriaperfeição ou manias e "rituais" que são incontroláveis ou dificilmente controláveis.
O transtorno obsessivo-compulsivo é considerado o quarto diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população.1 De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano 2020 o Transtorno Obsessivo-Compulsivo estará entre as dez causas mais importantes de comprometimento por doença.2 Além da interferência nas atividades, os sintomas obsessivo-compulsivos (SOC) causam incomodo e angústia aos pacientes e seus familiares.
Apesar de ter sido descrito há mais de um século,3 e dos vários estudos publicados até o momento, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo ainda é considerado um "enigma". Questões como a descoberta de possíveis fatores etiológicos, diversidade de sintomas e como respondem aos tratamentos continuam sendo um desafio para os pesquisadores.4
Estudos indicam que uma das dificuldades para encontrar essas respostas deve-se ao caráter heterogêneo do transtorno. Vários estudos têm apontado para a importância da identificação de subgrupos mais homogêneos de pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Esta abordagem visa a buscar fenótipos mais específicos que possam dar pistas para a identificação dos mecanismos etiológicos da doença, incluindo genes de vulnerabilidade e, por fim, o estabelecimento de abordagens terapêuticas mais eficazes.5
Alguns subtipos de Transtorno Obsessivo-Compulsivo têm sido propostos. Dentre eles, dois subtipos bastante estudados correspondem aos pacientes com início precoce dos Sintomas Obsessivo- Compulsivos.4 e o subtipo de Transtorno Obsessivo-Compulsivo associado à presença de tiques e/ousíndrome de Tourette (ST)6 7 Esses dois subgrupos de pacientes apresentam características clínicas, neurobiológicas, de neuroimagem, genéticas e de resposta aos tratamentos distintos e que os diferenciam de outros pacientes. É importante ressaltar também que esses dois subtipos apresentam características semelhantes, o que dificulta a interpretação de sua natureza, ou seja, torna-se difícil diferenciar se as características encontradas são devido ao início precoce dos Sintomas Obsessivo- Compulsivos ou à presença de tiques.Lavar as mãos constantemente caracteriza obsessão por higiene, um dos sintomas mais comuns do TOC.
Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar, verificar ou evitar um pensamento que serve para anular uma obsessão. Outros exemplos de compulsão são o ato de lavar as mãos ou tomar banho repetidamente, conferir reiteradamente se esqueceu algo como uma torneira aberta ou a porta de casa sem trancar. Deve-se deixar claro porém que para que esses comportamentos sejam considerados compulsivos, devem ocorrer em uma frequência bem acima do necessário diante de qualquer padrão de avaliação.
Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior eFobia Social podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida. (<https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_obsessivo-compulsivo.)


A compulsão está presente em crianças, jovens, adultos e na Melhor Idade, porém, é muitas vezes, ignorada. É importante observar. O compulsivo não percebe o que faz e quando se dá conta disso vai para o fundo do poço se não tiver ajuda. 

Voltando ao filme,  a garota se afunda em dívidas no cartão de crédito por conta das compras excessivas. Remeto-me  novamente ao texto " O DESPOJAR". Será que é necessário todas as roupas e sapatos dentro daquele armário para que sejamos felizes? Será que a grande quantidade de "coisas" têm o poder de nos saciar tanto assim a ponto de nos endividarmos, de  engordarmos, de nos matarmos na academia, de desafiarmos os outros e a nós mesmos a ponto de colocarmos em risco as nossas vidas?

De maneira geral, as pessoas responderiam a este questionamento como "- Não, é claro que não". "- Eu? Eu me conheço bem e não corro esse risco!".
Quem responde dessa maneira são os mais propensos a sofre da famigerada compulsão, uma vez que não admitem que são humanos e podem, a qualquer momento, cair no conto da RECOMPENSA por algo que fizeram ou não fizeram. Se fizeram, compensam-se  por terem conseguido finalizar a tarefa ou afins e, se não fizeram, compensam-se pela frustração de não terem conseguido fazer a tarefa ou afins.

A palavra que se liga à COMPULSÃO, na maioria das vezes é a palavra FRUSTRAÇÃO.

Não me estenderei mais, já que este assunto é muito rico e nosso relógio nos obriga  aos compromissos diários.

Contudo, convido vocês, meus estimados amigos leitores a fazerem uma análise na fatura de seus cartões de crédito, em seus armários, em suas geladeiras, em suas garagens e em todos os lugares que guardamos as "coisas". Se encontrarem excesso de "coisas", verifiquem suas emoções. Sem querer, vocês podem se surpreender.

Bia Fernandes

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Escrevendo...

Escrevendo...



Ultimamente, sento-me de fronte ao computador e começo a redigir mais um texto de Contos e Encantos do Cotidiano volume 2 ou mais um capítulo do Diário de uma Mulher e me vejo com tantas e ideias e poucos dedos para digitar.
É como se meu cérebro estivesse a todo vapor e meus dedos não o acompanhasse. Pensei em comprar um gravador e, por final o comprei, mas, quem disse que consigo acompanhar as narrativas? Quem disse que consigo digitar com o mesmo andamento de minha delonga?
As personagens divagam em imagens e, valsando, escrevem a sua própria história como em um filme colorido, mas, a grandeza de detalhes acaba se perdendo na vagarosa arte de transformar as cenas em linguagem escrita.
Tomando posse deste conhecimento que é deveras constrangedor, pergunto-me se continuo com o tal gravador e contrato um ser humano capaz de suprir essa necessidade de passar as palavras ditas para o papel ou continuo a me torturar nesta busca frenética de conseguir, o que para mim é humanamente impossível, digitar tudo...
Conversando com uma amiga e desabafando acerca disso, ela me solta uma pérola: "Quem manda ser TDAH, e pensar com a velocidade do vento e conseguir voar ao mesmo tempo e ainda, tentar alcançar a exímia digitação ou mesmo, a escrita no papel?.. Se liga Bia!"
Pois bem, no fundo, bem lá no fundo mesmo, ela me fez recordar o tempo da escola em que eu entregava textos faltando muitas palavras, respostas escritas pela metade achando que tinha escrito tudo o que havia pensado...Ri muito...claro, hoje em dia, não é muito diferente. Nas últimas três faculdades também não foi muito diferente...risos.
Continuo rindo agora, escrevendo este texto para vocês, meus queridos leitores. Penso então se não cometo a mesma gafe. Mas é claro! Sou TDAH adulta e daí? Como todo TDAH, sou perfeccionista mesmo não sendo perfeccionista.
Isso é antagônico, mas, voltando ao meu dilema, como fazer para que meus dedos consigam fluir na velocidade do meu pensamento ou é melhor mesmo continuar falando naquele gravador e contratar alguém para digitar minhas narrativas?
Ah, deixa pra lá...não conseguirei decidir isso agora mesmo ...está chegando mais falas da minha personagem favorita, a Sandra, de o Diário de uma Mulher e tenho que registrá-las.

Bjks!!!!


Bia Fernandes